28/12/2008

Simpatias de Ano Novo no Brasil

As simpatias são ações praticadas supersticiosamente para conseguir algo que se quer. No Brasil, há várias que são realizadas na véspera do Ano Novo, como aqui na Espanha o costume de comer 12 uvas.

A principal é vestir-se de branco, que simboliza paz e pureza, para "iluminar" os caminhos. Outra superstição está relacionada à roupa de baixo (cueca ou calcinha), que deve ser nova. A cor dependerá do que a pessoa deseja: vermelho e rosa para amor, amarelo para dinheiro etc.

Para quem passa o Ano Novo na praia, o ritual é pular sete ondas depois das doze badaladas. Quanto à alimentação, dizem que é bom comer lentilha para atrair riqueza e chupar sete sementes de romã (e, depois, guardá-las em um saquinho na carteira para sempre ter muito dinheiro).

A festa de Ano Novo mais famosa do Brasil (e uma das mais famosas do mundo) é a da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que reúne dois milhões de pessoas de todas as partes do planeta. Há 18 minutos de fogos de artifício e grandes cascatas iluminadas nas fachadas dos hotéis. Além disso, são montados palcos para shows.


Sementes de romã atrairiam dinheiro


Réveillon em Copacabana

27/12/2008

Belém, sede do Fórum Social Mundial

Estas são fotos aéreas de Belém, cidade brasileira que sediará no próximo mês de janeiro o Fórum Social Mundial. O evento, criado em 2001 como um contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), é organizado por movimentos sociais com o objetivo de celebrar a diversidade, discutir temas relevantes e buscar alternativas para problemas sociais. Espera-se a participação de 120 mil pessoas de 150 países.

Com 1,5 milhão de habitantes, Belém é historicamente a principal cidade da Amazônia. Foi escolhida como sede do fórum por sua tradição revolucionária, pois foi palco entre 1835 e 1840 da maior revolta popular da história da região (a Cabanagem), que conseguiu derrubar o governo da época. Além disso, tem um riquíssimo patrimônio histórico e uma localização geográfica estratégica, na foz do rio Amazonas. Tem acesso por vias rodoviária, fluvial, marítima e aérea, com aeroporto internacional.

Nos próximos dias, publicarei mais informações sobre o fórum, cujo site oficial é www.forumsocialmundial.org.br.

As fotos abaixo foram retiradas do fórum sobre cidades www.skyscrapercity.com. As duas primeiras foram tiradas pelo "forista" Nunez, e as outras, por Mauricio Koury Palmeira. Clique sobre as fotos para ampliá-las.


Belém fotografada da janela de um avião


Skyline da cidade, com a baía do Guajará


Vista em que aparecem à frente o Mercado Ver-o-Peso (à esq.) e o Núcleo Feliz Lusitânia (à dir.)


Núcleo Feliz Lusitânia


Complexo Viário do Entrocamento


Trecho da avenida Almirante Barroso

22/12/2008

Minha 2ª coluna no "Diário do Pará"

Hoje foi publicada a minha segunda coluna no "Diário do Pará", sobre o bom ano do cinema brasileiro na Europa. Parece que agora sairá todas as segundas (e não aos domingos). Clique aqui para acessar a página da edição eletrônica do jornal. Depois, é necessário clicar em "Cadernos" no menu superior, escolher o suplemento "Você" e passar as páginas com a setinha até encontrar o meu artigo (está na página 4). Para ampliar a página, clique nessa opção no menu.

19/12/2008

"Estômago" é o vencedor do Cine Fest Brasil

"Estômago" foi eleito pelo público o melhor filme do Cine Fest Brasil, que acabou ontem. Foram o ator João Miguel e a produtora Cláudia da Natividade que receberam o troféu, chamado Lente de Cristal. "Estômago" já está em cartaz em Barcelona nos cinemas Alexandra 5, Cinesa Heron City 3D, Renoir Floridablanca, Renoir Les Corts e Yelmo Cineplex Icaria. Os três últimos apresentam o filme em versão original com legendas. As fotos abaixo são de Mariana Vianna.


João Miguel exibe o troféu Lente de Cristal


Betty Faria, João Miguel, Claudia da Natividade e Viviane Spinelli, organizadora do festival

18/12/2008

Casa reúne gastronomia e cultura portuguesas, por Mònica Guasch

Hoje publico a segunda colaboração de um aluno. Trata-se de um texto escrito pela Mònica sobre A Casa Portuguesa, em Gràcia. Leia abaixo.

"Há dois anos, A Casa Portuguesa abriu as suas portas no bairro de Gràcia em Barcelona, mais concretamente na rua Verdi, 58. Trata-se de um espaço dedicado à divulgação, promoção e venda do melhor da gastronomia e da cultura portuguesas.

O local não é muito grande. Apenas há espaço para cinco ou seis mesas. Também há uma balcão com alguns tamboretes e uma prateleira cheia de doces típicos, como os pastéis de Belém, o bolo de café e outros petiscos.

A atmosfera do local é muito agradável. É habitual ouvir as pessoas falando em português, já que o lugar é um ponto de encontro entre os portugueses que moram em Barcelona.

Às vezes organizam atos culturais, como concertos, apresentações de livros e jornadas gastronômicas. Pode-se conhecer mais visitando o seu site (www.acasaportuguesa.com) ou passando diretamente por lá - para tomar um bom vinho com queijo ou chouriço ou um café com um delicioso bolo."


Vista geral do espaço A Casa Portuguesa


Deliciosos doces típicos podem ser encontrados no local

Último dia do Cine Fest Brasil tem "Tropa de Elite"

Hoje é o último dia do Cine Fest Brasil, no cinema Verdi Park (rua Torrijos, 49, metrô Fontana). Serão exibidos "Meu Nome Não É Johnny", às 17h30, "Mutum", às 19h30, e o premiado "Tropa de Elite", às 22h. A entrada custa 5 €.


Trailer de "Tropa de Elite"

"Os Desafinados" desafinou

Os dois filmes apresentados ontem no Cine Fest Brasil, "Os Desafinados" e "Vidas", deixaram a desejar. O primeiro desafinou completamente. O filme, sobre um grupo fictício de bossa nova dos anos 1960, tem duas horas de mal cinema. A história é frouxa, com muitas cenas dispensáveis, contexto histórico mal-explicado, histórias mal-contadas. Cláudia Abreu exagerou na interpretação e Rodrigo Santoro não convence. Salvam-se as interpretações de Jair de Oliveira, Selton Mello e André Moraes.

Já "Vidas", documentário de Pedro Flores sobre artesãos das cinco regiões brasileiras, pecou pela inclusão da "trama" do casal de documentaristas. Os dois atores, que estavam ali para fazer uma espécie de "reflexão" sobre os depoimentos dos artistas, eram completamente dispensáveis. A relação criada entre os dois, um romance bobo e mal-contado, estava totalmente fora de lugar. Outro ponto negativo é a reafirmação de estereotipos: Belém aparece como se fosse uma cidade do interior, mostra-se apenas uma vista do Ver-o-Peso e casas de madeira. O melhor do filme é realmente os seus personagens, artesãos que batalham para sobreviver do seu ofício, que se emocionam com o que fazem, que são a cara do Brasil.

O diretor Pedro Flores apresentou o filme, em português, para a platéia. É seu primeiro trabalho no cinema. Antes havia produzido apenas para a TV. "Este documentário mostra as diferenças que existem no Brasil, de cultura e de etnias, e foi feito por uma pessoa totalmente apaixonada pelo país", disse.


Pedro Flores apresentou o documentário "Vidas"


"Os Desafinados" desafinaram

17/12/2008

Cine Fest Brasil reexibe hoje "Vidas" e "Os Desafinados"

Hoje o Cine Fest Brasil reexibe dois filmes. Às 19h30 será projetado "Vidas", de Pedro Flores, um documentário que retrata artesãos das cinco regiões brasileiras. Às 22h é a vez de "Os Desafinados", que conta a história de um grupo de bossa nova que, nos anos 1960, vai a Nova York em busca de sucesso internacional. O elenco conta com as estrelas Rodrigo Santoro, Claudia Abreu e Selton Mello. Com direção de Walter Lima Jr., tem como pano de fundo tanto o êxito mundial da bossa nova quanto a ditadura que assolava o Brasil. O festival acontece no Cine Verdi Park (rua Torrijos, 49, metrô Fontana). A entrada custa 5 €.


Cena de "Os Desafinados"

Ator mirim rouba a cena em "Mutum"

Filho de um agricultor do sertão de Minas Gerais, onde vive, o menino Thiago da Silva Mariz, 13, rouba a cena em "Mutum", de Sandra Kogut, exibido ontem no Cine Fest Brasil. Escolhido pela própria diretora para interpretar o papel principal no filme, o menino surpreende pela sua expressividade, sempre em um tom natural.

Segundo o ator João Miguel, que interpreta o violento pai de Thiago, o menino impressionou a todos. "Ele não era ator. Antes da filmagem, tivemos dois meses de preparação para que pudesse entrar em contato com a câmera de maneira muito natural", explicou depois da sessão.

Além de Thiago, outras crianças e adultos da roça também participaram do filme, o que garante uma dose de realismo que seria difícil de encontrar com atores. Baseado no livro "Campo Geral", de Guimarães Rosa, "Mutum" mostra a dura realidade da vida no sertão através dos olhos de Thiago (que também é o nome do seu personagem). "É a terceira vez que vejo o filme e me deu uma saudade... Durante quatro meses, esses meninos me chamaram de pai", finalizou João Miguel.

16/12/2008

"Mutum" retrata infância no sertão

No rastro de boas críticas, o filme "Mutum" será exibido hoje às 22h no Cine Fest Brasil. Primeiro longa de ficção de Sandra Kogut, é baseado em uma história do escritor Guimarães Rosa, sobre a dolorosa infância de um menino em Mutum, no sertão de Minas Gerais. João Miguel, o premiado protagonista de "Estômago", interpreta o pai do garoto. Antes, às 19h30, haverá a segunda sessão de "Cão sem Dono". Leia abaixo a programação e as sinopses.

16/11

19h30

Cão sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca
Drama, 82 min, Brasil, 2007
Elenco: Júlio Andrade, Tainá Müller, Luiz Carlos V. Coelho, Marcos Contreras
Ciro se formou recentemente em literatura, mas passa por uma crise existencial devido ao ceticismo e à falta de planos. Marcela é uma ambiciosa modelo em início de carreira, que se entrega de forma obsessiva ao trabalho e, com isso, adia a realização de seus objetivos. Eles se apaixonam e passam a dividir sonhos e problemas.

22h

Mutum, de Sandra Kogut
Drama, 95 min, Brasil/França, 2007
Elenco: Thiago da Silva Mariz, Wallison Felipe Leal Barroso, João Miguel e Izadora Fernandes
Mutum é um lugar isolado no sertão de Minas Gerais, onde se passa a história do menino Thiago e sua família. O filme mostra, sob o olhar infantil de Thiago, o mundo nebuloso dos adultos, com suas traições, violências e silêncios. O filme é baseado na obra "Campo Geral", de João Guimarães Rosa.


Trailer de "Mutum"

14/12/2008

Bossa nova e artesãos amanhã no Cine Fest Brasil

Dois filmes com temas distintos, mas muito brasileiros, serão exibidos amanhã no Cine Fest Brasil. "Os Desafinados" conta a história de um grupo de bossa nova que, nos anos 1960, vai a Nova York em busca de sucesso internacional. O elenco conta com as estrelas Rodrigo Santoro, Claudia Abreu e Selton Mello. Com direção de Walter Lima Jr., tem como pano de fundo tanto o êxito mundial da bossa nova quanto a ditadura que assolava o Brasil. Já "Vidas" é um documentário de Pedro Flores que retrata artesãos das cinco regiões brasileiras. "Os Desafinados" será exibido às 19h30, e "Vidas", às 22h. O festival acontece no Cine Verdi Park (rua Torrijos, 49, metrô Fontana). A entrada custa 5 €.


Trailer de "Os Desafinados"

Nova sessão de "Meu Nome Não É Johnny"

Por conta da grande procura do público (a sessão de hoje se esgotou antes das 19h, não conseguimos entrar!), o filme "Meu Nome Não É Johnny" será exibido mais uma vez no Cine Fest Brasil: nesta quinta-feira, às 17h30. Não sei se toda essa popularidade quer dizer que o filme é bom, mas é um bom termômetro.


Selton Mello em cena do filme

Minha coluna no "Diário do Pará"

Hoje saiu a minha primeira coluna no "Diário do Pará", sobre lugares que serviram de locação para filmes em Barcelona. Será semanal e sempre sobre temas culturais da Europa. Clique aqui para acessar a página da edição eletrônica do jornal. Depois, tu tens que clicar em "Cadernos" no menu superior, escolher o suplemento "Você" e passar as páginas com a setinha até encontrar o meu artigo (na penúltima página). Boa leitura!

Cine Fest Brasil reexibe hoje "Meu Nome Não é Johnny" e "Incuráveis"

"Meu Nome Não É Johnny", de Mauro Lima, e "Incuráveis", de Gustavo Acioli, serão exibidos hoje pela segunda vez no Cine Fest Brasil. Haverá ainda a projeção, às 17h30, do documentário uruguaio "Dos Hítleres". O festival acontece no cinema Verdi Park (rua Torrijos, 49, metrô Fontana). Veja abaixo horários e sinopses.

Dia 14/11

17h30
Dos Hítleres, de Ana Tipa
Documentário, 52 min, 2007, Uruguai
A vida de dois uruguaios de nome Hitler, nascidos em 1939, evoca aspectos singulares da realidade uruguaia atual.

19h30
Meu Nome Não É Johnny, de Mauro Lima
Drama, 115 min, Brasil, 2008
Elenco: Selton Mello, Cléo Pires, Cássia Kiss, Júlia Lemmertz, Eva Todor e Ângelo Paes Leme.
História de João Guilherme Estrella, carismático carioca de classe média que se tornou o maior vendedor de drogas do Rio de Janeiro e depois lidou com o sistema carcerário do país.

22h
Incuráveis, de Gustavo Acioli
Drama, 81 min, Brasil, 2006
Elenco: Dira Paes e Fernando Eiras
Um homem , uma mulher, um quarto de hotel barato, um jogo sem regras, uma única noite. Um não sabe quem é o outro e, por isso mesmo, cada um pode ser o que quiser.

Renato Ciasca fala sobre “Cão sem Dono”

No terceiro dia do Cine Fest Brasil, ontem, a atriz Betty Faria apresentou o clássico “Bye Bye Brasil” (1979), do qual é protagonista, e o diretor Renato Ciasca apresentou seu último fime, em parceria com Beto Brant, o envolvente “Cão sem Dono”.

O filme de Ciasca mostra a relação entre Ciro e Marcela, dois jovens que começam a descobrir os caminhos da vida adulta, em meio a crises existenciais, dificuldade de encontrar trabalho, ceticismo, sonhos e ambições. A história passa-se em Porto Alegre e representa bem a maneira de falar daí: o sotaque, as expressões, o humor particular.

O filme destaca ainda pela interpretação dos atores - natural, espontânea, quase como se vivessem de verdade casa cena. Ciasca, que respondeu a perguntas da platéia, afirmou que os atores passaram por um mês de ensaios e experiências antes de começar a rodar o filme. “Tentamos várias versões para a mesma cena, com tons e enfoques diferentes, e também demos espaço para a improvisação”, explica.

A atriz principal, Tainá Müller, era namorada na época do autor do livro homônimo que inspirou o filme, Daniel Galera. “A escolha dela foi natural. A personagem é uma modelo, como ela, e, além disso, ela conhecia muito bem a história do livro”, explica. Tainá é a única “não-atriz” do filme, mas não destoa do resto do elenco em nenhum momento. Os outros atores, todos gaúchos, já trabalharam em cinema ou teatro.

O outro protagonista, Júlio Andrade, até então só havia feito papéis secundários em cinema. Para “Cão sem Dono”, resolveu mergulhar de cabeça no personagem: mudou-se para o apartamento que seria a casa do seu personagem um mês antes do início das filmagens. A intensidade com que os atores abraçaram a história resultou até em um fato inusitado, contado por Ciasca: Tainá deixou Galera para ficar com Júlio.

Já a atriz Betty Faria estava muito feliz com a afluência do público ao festival. “Estou ‘encantada’ com o fato de as pessoas, tanto brasileiros quanto de Barcelona, terem vindo ver ‘Bye Bye Brasil’”. Ela comemora a boa fase do cinema brazuca. “Vem em um crescendo, com muita qualidade.”


Renato Ciasca com Betty Faria e Viviane Spinelli, organizadora do festival, após exibição de “Cão sem Dono”


Betty Faria estava feliz com a afluência de público


Eu entre Alba (esq.) e a minha aluna Mònica

13/12/2008

Festival exibe hoje "Bye Bye Brasil" e "Cão sem Dono"

Hoje o Cine Fest Brasil exibe o clássico "Bye Bye Brasil" (1979), de Cacá Diegues, e "Cão sem Dono" (2007), de Beto Brant e Renato Ciasca. O primeiro é considerado uma das produções brasileiras mais importantes dos anos 1970. A partir das viagens de um grupo de artistas mambembes, mostra o atraso e a pobreza do interior do Nordeste e a imigração de brasileiros à Amazônia, com a abertura de novas estradas e com a criação de grandes projetos na região.

O filme concorreu à Palma de Ouro, em 1980, e ganhou o prêmio de melhor diretor no mesmo ano no Festival de Cinema de Havana, em Cuba. A exibição contará com a presença da atriz Betty Faria, protagonista da produção.

Já "Cão Sem Dono" é um filme mais intimista, que, a partir da relação de um casal, mostra o vazio existencial de toda uma geração. Leva a assinatura dos diretores Beto Brant e Renato Ciasca, os mesmos realizadores de "O Invasor".

Antes dos dois filmes, será exibido às 17h30 um documentário do Ciclo DocTV, com entrada gratuita. O Cine Fest Brasil acontece no Cine Verdi Park (rua Torrijos, 49, metrô Fontana). A entrada custa 5 €.

Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues
Comédia, 105 min, Brasil, 1979
Elenco: José Wilker, Betty Faria, Fábio Junior, Zaira Zambelli
Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas mambembes que cruzam o país com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos em cidades esquecidas. A eles se juntam o acordeonista Ciço e sua esposa, Dasdô, com os quais a caravana cruza a Amazônia até chegar a Belém.

Cão sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca
Drama, 82 min, Brasil, 2007
Elenco: Júlio Andrade, Tainá Müller, Luiz Carlos V. Coelho, Marcos Contreras
Ciro se formou recentemente em literatura, mas passa por uma crise existencial devido ao ceticismo e à falta de planos. Marcela é uma ambiciosa modelo em início de carreira, que se entrega de forma obsessiva ao trabalho e, com isso, adia a realização de seus objetivos. Eles se apaixonam e passam a dividir sonhos e problemas.


Trailer de "Cão sem Dono"

12/12/2008

Programação de hoje (12/11) do Cine Fest Brasil

Hoje serão exibidos no Cine Fest Brasil os filmes "Incuráveis" (19h30), de Gustavo Acioli, e "Meu Nome Não É Johnny" (22h), de Mauro Lima. O festival acontece no cinema Verdi Park (rua Torrijos, 49, metrô Fontana). É hoje também que começa a mostra paralela DocTV Iberoamérica, que apresentará documentários, com "Jesus no Mundo Maravilha" (17h30), de Newton Cannito, uma produção brasileira. A entrada para o ciclo DocTV é gratuita e para os outros filmes custa 5 €. Leia abaixo as sinopses.


Dia 12/11

17h30
Jesus no Mundo Maravilha, de Newton Cannito
Documentário, 52 min, Brasil, 2007
Jesus, Lúcio e Pereira, ex-policiais que agora trabalham num parque de diversões, revelam por meio de seus sonhos a cultura da corporação policial no Brasil.

19h30
Incuráveis, de Gustavo Acioli
Drama, 81 min, Brasil, 2006
Elenco: Dira Paes e Fernando Eiras
Um homem , uma mulher, um quarto de hotel barato, um jogo sem regras, uma única noite. Um não sabe quem é o outro e, por isso mesmo, cada um pode ser o que quiser.

22h
Meu Nome Não É Johnny, de Mauro Lima
Drama, 115 min, Brasil, 2008
Elenco: Selton Mello, Cléo Pires, Cássia Kiss, Júlia Lemmertz, Eva Todor e Ângelo Paes Leme.
História de João Guilherme Estrella, carismático carioca de classe média que se tornou o maior vendedor de drogas do Rio de Janeiro e depois lidou com o sistema carcerário do país.


Trailer de "Meu Nome Não é Johnny"

"Estômago" conquista público no Cine Fest Brasil

O filme "Estômago", que abriu ontem a terceira edição do Cine Fest Brasil, em Barcelona, arrancou aplausos acalorados do público no final da sessão. A saga do cozinheiro nordestino Raimundo Nonato em São Paulo conquistou pela maestria da narrativa, alternando passado e presente, equilibrando humor e drama em doses precisas. O filme tem a culinária como fio condutor, com todas as metáforas e sensações que o ato de comer comporta.

O ator principal, João Miguel, estava presente e desejou a todos "buen provecho" antes da sessão. Ele ganhou o prêmio de melhor ator no último Festival Internacional de Cinema de Valladolid. Outra estrela presente era Betty Faria, protagonista do clássico "Bye Bye Brasil", que será exibido amanhã (12/12), às 19h30. "É a minha primeira vez em Barcelona", contou a este blog. "Mas frequento o festival da Inffinito (produtora do evento) desde que começou em Miami, há 12 anos, quando ainda era muito pequeno", diz. Hoje o Festival de Cinema Brasileiro da produtora acontece, além de Barcelona e Miami, em Nova York, Madri, Vancouver, Buenos Aires, Roma e Milão.


Público concentrado em frente ao cinema Verdi Park


O ator João Miguel, na comemoração pós-filme no Café Salambó


A atriz Betty Faria (2ª a partir da esq.) com organizadores e autoridades

10/12/2008

Cine Fest Brasil abre amanhã (11/12) com "Estômago"

Amanhã começa a pequena maratona de cinema brasileiro no cinema Verdi Park, no bairro de Gràcia. Serão exibidas oito produções recentes e o clássico "Bye Bye Brasil", de 1979, com presença da atriz protagonista Betty Faria. Além do mais, a partir do dia 12, haverá sessões gratuitas de documentários ibero-americanos na mostra DocTv IB.

A primeira sessão do festival, amanhã às 20h30, apresenta "Estômago", de Marcos Jorge, vencedor da Espiga de Ouro de melhor filme no último Festival Internacional de Cinema de Valladolid. É a história de ascensão e queda de Raimundo Nonato, um cozinheiro com dotes muito especiais. Trata de dois temas universais: a comida e o poder. Segundo o site oficial, pode ser definido como "uma fábula nada infantil sobre poder, sexo e culinária".

O filme marca a estréia de Marcos Jorge na direção de longas-metragens, após uma bem-sucedida carreira como diretor de curtas-metragens e comerciais e como artista especializado em vídeo-instalações. Ele estudou cinema na Itália, onde viveu nos anos 1990. A imprensa francesa definiu o filme como "original, insolente e politicamente incorreto, uma feroz parábola de poder".

"Estômago" já soma 18 prêmios, sendo 13 em festivais internacionais. Entre eles estão o prêmio do júri do Festival de Biarritz (França), de melhor filme estrangeiro no 16º Raindance Film Festival (Londres), de melhor ator (João Miguel) no Festival de Valladolid (Espanha) e de melhor atriz (Fabiula Nascimento) no Festival Internacional de Cinema do Funchal (Portugal).

Na seção "Clássico Brasil", no sábado às 19h30, será exibido "Bye Bye Brasil", de Cacá Diegues. Gravado nos anos 1970, o filme é um "road movie" pelo interior do Brasil. Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas mambembes que cruzam o país com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos em cidades esquecidas. A eles se juntam o acordeonista Ciço e sua esposa, Dasdô, com os quais a caravana cruza a Amazônia até chegar a Belém.

A mostra DocTV IB acontece entre os dias 12 e 17, sempre às 17h30, com entrada gratuita. Já os ingressos para os longa-metragens custam 5 €. Clique aqui para ver a programação completa.


Trailer de "Estômago"


Um pouco sobre "Bye Bye Brasil"

07/12/2008

Poemas de Paulo Leminski

Dois poemas do autor paranaense Paulo Leminski (1944-1989). Sua obra caracteriza-se pelos poemas curtos - freqüentemente haikais, trocadilhos ou brincadeiras com ditados populares.

Na minha a tua ferida

essa a vida que eu quero,
querida

encostar na minha
a tua ferida

Vazio agudo

vazio agudo
ando meio
cheio de tudo


Vídeo feito a partir do haikai "Vazio Agudo"

05/12/2008

Centro tem livros e filmes brasileiros

Uma boa dica para quem está aprendendo português em Barcelona é o Centro de Estudos Brasileiros (CEB), no Passeig de Gràcia. A instituição, que é uma dependência do Consulado-Geral do Brasil, tem uma biblioteca com mais de 4 mil livros, filmes (ficção e documentário) e minisséries para a TV em DVD, centenas de CDs de música brasileira e dezenas de CD-ROMs. Para ter acesso a esse material, o interessado deve cadastrar-se no centro, pagando apenas 6 euros anuais.

Pode-se levar até dois livros, dois CDs e um DVD ao mesmo tempo. Os livros devem ser devolvidos em 15 dias, e os CDs e DVDs em uma semana. O centro, que também oferece cursos de português, aplica uma vez por ano o CELPE (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros), o exame oficinal do Ministério da Educação.

Quanto mais contato o aluno tiver com a língua mais aprenderá. Assim, escutar música e ver filmes brasileiros é uma boa maneira de exercitar a compreensão oral, de aprimorar a pronúncia e de aumentar o vocabulário. E a leitura é fundamental para escrever bem o idioma, além de enriquecer o vocabulário.

Outro motivo para visitar o centro é o belo edifício onde está situado. A casa Amatller, inagurada em 1900, tem estilo modernista e foi projetada pelo arquiteto Puig i Cadafalch. Atualmente sua fachada está em reforma e deve ficar pronta no início do ano que vem. O funcionários do CEB, brasileiros, são muito simpáticos e atenciosos.

O endereço é Passeig de Gràcia, 41, 3º andar (metrô Passeig de Gràcia). Abre de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h30. O telefone é 93 215 6486, e o e-mail é cebbcn@ceb-barcelona.org. Para mais informações, clique aqui para ver o site oficial do CEB.


A Casa Amatller acolhe o CEB

02/12/2008

Elis Regina cantando "Águas de Março"

Um pouco de música - e da boa! Publico hoje um vídeo da cantora Elis Regina (1945-1982), um mito da música brasileira, interpretando "Águas de Março", de Tom Jobim.

A letra não conta uma história, mas apresenta uma série de imagens que formam uma colagem, com referências à cultura brasileira, à flora, à fauna e aos mitos da Amazônia. A canção foi inspirada nas chuvas de março do Rio de Janeiro, que simbolizam o fim do verão brasileiro. Segundo especialistas, a progressão descendente da música e da letra representa os som das águas correndo nas calhas dos telhados.

"Águas de Março" foi eleita a melhor canção brasileira de todos os tempos, em 2001, por mais de 200 jornalistas, músicos e outros artistas, em uma votação promovida pelo jornal "Folha de S. Paulo". Para ler a letra, abra diretamente aqui o link do You Tube. Está no espaço para informações ao lado do vídeo.

01/12/2008

Flagras da bandeira brasileira

Publico hoje três fotos, tiradas por mim este ano, que mostram a bandeira verde-amarela em diferentes situações na capital catalã.


Bar que vende capirinhas, durante a festa da Mercè


Na Rambla, rapaz usa bermuda com a bandeira estampada


Stand de produtos brasileiros na Festa Maior do Poble Sec

30/11/2008

Língua solta

Há uma expressão brasileira que, já faz algum tempo, está na boca de todo o mundo, principalmente dos jovens. É "ninguém merece". Serve para expressar indignação ou repúdio a situações desagradáveis, dolorosas ou vexatórias. Pode também ser usada com um sentido mais cômico, para debochar de alguém, por exemplo. Ex.: "O deputado Fulano da Silva foi eleito outra vez. Ninguém merece!" ou "Você viu o corte de cabelo da Patrícia? Ninguém merece."

Betty Faria vem ao Cine Fest Brasil


Já está chegando o III Cine Fest Brasil, que apresentará nove longas-metragens da nova produção brasileira nos cinemas Verdi Park, em Gràcia. O festival começa no próximo dia 11 e vai até o dia 18. Além dos filmes mais recentes, que incluem os premiados "Estômago" (Marcos Jorge) e "Tropa de Elite" (José Padilha), haverá a sessão "Clássico Brasil", com o longa "Bye Bye Brasil", de Cacá Diegues, de 1979.

Aliás, a atriz protagonista desse "road movie" pelo interior do Brasil, Betty Faria, fará a apresentação do filme. Ela é um verdadeiro ícone do cinema nacional. Outros convidados do festival são João Miguel, protagonista de "Estômago", e os diretores Pedro Flores e Renato Ciasca. Eles apresentarão, respectivamente, os seus filmes "Vidas" e "Cão sem Dono".

Este ano há uma novidade no festival: a exibição dos melhores documentários sul-americanos dos últimos anos no ciclo "Doc TV".

Clique aqui
para ver a programação. As entradas custam € 5 e podem ser compradas antecipadamente no site Telentrada.


Betty Faria como Salomé em "Bye Bye Brasil"

28/11/2008

Angeli inspira curtas do Brasil Noar

Duas obras inspiradas em histórias do cartunista Angeli e filmes que retratam aspectos do sul do Brasil são o ponto forte da última noite de exibição de curtas-metragens do festival Brasil Noar. As projeções acontecem amanhã (29/11), a partir das 21h30, na sala MaumaUnderground (rua Fontrodona, 33-35, metrô Paral.lel). Batizada de "Panorana Brasil", com curadoria de Rejane Zilles, a sessão tem ficção, documentário e animação. Confira abaixo a programação.

Noite de Domingo, de Rodrigo Hinrichsen, 16 min.
A noite de domingo é, para muitos, deprimente. É a véspera de mais uma semana que começa com a sensação de interminável. É assim para milhões de pessoas, inclusive para um certo João e para uma certa Maria, que não se conhecem, mas se tornam cúmplices em um jogo velado, onde o silêncio é mais eloqüente do que o que é dito.


O Livro de Walachai, de Rejane Zilles, 15 min.
Em Walachai, uma pequena comunidade alemã no sul do Brasil, mora o agricultor e professor João Benno Wendling. Sua vida foi dedicada a alfabetizar as crianças do povoado, que só falavam alemão. Nos últimos anos, ele registrou, em 400 páginas de impecável caligrafia, a história deste lugar.

A Cauda do Dinossauro, de Francisco Garcia, 15 min.
Baseado em obra original do cartunista Angeli. No submundo decadente de uma cidade em ruínas, onde tudo é proibido, uma mulher busca o último dos prazeres.

Um Ridículo em Amsterdã, de Diego Gozze, 13 min.
Um rapaz, dono de uma dramática história de vida, participa de um documentário em que um jovem cineasta se apropria de métodos poucos usuais para descortinar sua intimidade.


Dossiê Rê Bordosa, de César Cabral, 16 min.
Fama? Ego Inflado? Espírito de Porco? Quais os reais motivos que levaram Angeli a matar Rê Bordosa (à direita), sua mais famosa criação? Este documentário em animação stopmotion investiga este vil crime.

Booker Pittman, de Rodrigo Grota, 15 min.
Fragmentos da estada do músico de jazz americano Booker Pittman pela cidade de Londrina nos anos 1950. Saxofonista importante nos anos 1930, tocou com grandes nomes, como Count Basie, Ben Webster e Louis Armstrong, além de ter criado o primeiro trio de jazz do Brasil.

26/11/2008

Festa e música em curtas do Brasil Noar

Amanhã (27/11) continua a exibição de curtas-metragens no festival Brasil Noar. Serão projetados cinco filmes a partir das 21h30 na sala MaumaUnderground (rua Fontrodona, 33-35, metrô Paral.lel). A entrada é grátis. Há ficção, documentário e animação. Os temas são diversos: música, relacionamentos, os gays do Nordeste e festa. Segue a programação, com sinopses, abaixo.

Trópico de Cabras, de Fernando Coimbra, 22 min.
Um casal em crise viaja de carro da costa até o interior de São Paulo para salvar - ou perder - a relação. Acabam se envolvendo em um estranho jogo sexual.

Viva Volta, de Heloísa Passos, 15 min.
Documentário com o trombonista Raul de Souza, que, desde 1971, mora fora do Brasil. Ele incomoda-se com a falta de reconhecimento no seu país natal. O filme promove o encontro do músico com a cantora Maria Bethânia, uma das vozes mais representativas da música brasileira.

Engano, de Cavi Borges, 11 min.
Um homem. Uma mulher. Uma cidade. Dois "takes".

Homens, de Lucia Caus, 21 min.
Documentário sobre a coragem dos gays da região Nordeste do Brasil, mostrando suas alegrias e tristezas.

Até o Sol Raiá, de Fernando Jorge e Leandro Amorim, 12 min.
Nesta animação, bonecos de argila criados por uma artesão nordestino ganham vida e animam a cidade.


Imagem do curta de animação "Até o Sol Raiá"

24/11/2008

Duo brasileiro em Festival de Jazz de BCN

Dois grandes instrumentistas brasileiros apresentam-se juntos esta sexta-feira (28/11) no 40º Voll-Damm Festival Internacional de Jazz de Barcelona. São o bandolinista Hamilton de Holanda e o percussionista Marcos Suzano. Duas forças da nova música brasileira que se juntaram este ano para realizar uma turnê européia, que também passa por França e Itália.

Batizado pela imprensa americana de “Jimi Hendrix do bandolim”, o carioca Hamilton de Holanda é um virtuoso desse instrumento, ao qual adicionou duas cordas extras (resultando em um total de dez). Essa inovação aliada à velocidade dos seus solos arranca sons improváveis e um som que mistura choro, bossa nova, jazz e rock.

O músico, que lançou este ano o CD “Brasilianos 2”, já dividiu palco com grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia e Ivan Lins, e internacional, como John Paul Jones (Led Zepellin) e o acordeonista Richard Galliano. Também já participou de CDs de Djavan, Cesarea Évora e Zélia Duncan, entre outros

Também carioca, Marcos Suzano é conhecido pela destreza, criatividade e agilidade com que toca o pandeiro. Desenvolveu novas técnicas para esse instrumento, como tocá-lo “ao contrário”, ou seja, tomar como tempo forte não a batida do polegar, mas das das pontas dos dedos contra a pele do pandeiro. Segundo os especialistas, essa maneira de tocar permite a realização de ritmos fora do padrão e de compassos únicos.

Com fortes influências dos ritmos africanos, ele já gravou alguns CDs, como “Olho de Peixe” (1993), em parceria com Lenine, “Sambatown" (1996), com influências do samba-funk, e "Flash" (2000), de tendência mais eletrônica.

O show acontece no Zac Jazz Club (av. Diagonal, 477), às 22h30. A entrada custa € 18 e pode ser comprada pelo site www.teleentrada.com.


Apresentação da dupla em Curitiba

23/11/2008

Reportagem que fiz sobre o Pará


Hoje estava falando com um amigo sobre a minha viagem à Ilha de Marajó, no Pará, meu estado natal. Fui até lá em 2003, quando ainda morava em São Paulo, para fazer uma reportagem para a "Folha de S. Paulo". Procurei a matéria na internet para mostrar ao meu amigo e pensei que seria interessante colocar o link aqui para quem quiser saber mais sobre esse estado amazônico.

Há textos sobre três lugares: a Ilha de Marajó, Salinópolis (na costa atlântica paraense) e Belém, a capital, onde nasci. Uma curiosidade é que, na galeria de fotos, que aparece depois da reportagem (abaixo dos links para os outros textos), há uma imagem minha montado em um cavalo, em uma área alagada, tocando os búfalos para o curral. O relato sobre essa experiência, que escrevi em primeira pessoa, está no quarto link abaixo do texto ("Repórter vira peão e toca búfalos na ilha de Marajó").

Clique aqui para ler a reportagem.


Ilha de Marajó em foto de João Ramid

22/11/2008

Língua Solta

Hoje a seção traz o significado de "troco". Essa palavra é mais utilizada na acepção de "dinheiro devolvido pelo vendedor ao comprador que pagou a compra de uma mercadoria com moeda de valor superior ao preço combinado", segundo definição do Dicionário Houaiss. É o que chamamos em catalão de "canvi", em castelhano de "cambio" e em inglês de "change". A palavra também é usada na expressão "dar o troco", que significa "ação ou manifestação com que se retruca golpe, provocação ou ato de um agressor, rival etc.; replicação, resposta, revide".

Filmes portugueses no Cine Alexandra

A minha aluna Mònica escreveu-me um e-mail para dizer que entre 25 e 30 deste mês serão exibidos filmes portugueses – curtas e longas - no Cine Alexandra (Rambla Catalunya, 90), como parte da VI Mostra Portuguesa, uma iniciativa da embaixada desse país. Há legendas em castelhano.

O Consulado Geral de Portugal disponibiliza algumas entradas grátis, que devem ser solicitadas através do e-mail myriam.diego@barcelona.dgaccp.pt. Deve-se indicar no correio o nome e a sessão do filme.

A exibição de “Call Girl”, no dia 28, às 20h12, contará com a presença do diretor, António Pedro Vasconcelos. É um longa sobre política e corrupção.

A programação é a seguinte:

25/11
20h -"História Trágica com Final Feliz", de Regina Pessoa
20h10 - "Juventude em Marcha", de Pedro Costa

26/11
20h - "Jantar em Lisboa", de André Carrilho
20h12 - "Kiss Me", de António Cunha Telles

27/11
20h - "Superfície", de Rui Xavier
20h16 - "Rapace", de João Nicolau
20h45 - "Noite Escura", de João Canijo

28/11
20h - "Selvagens: a Última Fronteira", de Felipe Araújo
20h32 - "Call Girl", de António Pedro Vasconcelos

29/11
20h - "Elogio a ½", de Pedro Cena
21h12 - "Suicídio Encomendado", de Artur Serra Araújo

30/11
20h - "Metamorfoses", de Bruno Cabral
20h50 - "Dot.com", de Luís Glavão Teles

Trailer de "Suicídio Encomendado", de Artur Serra Araújo


Trailer de "Noite Escura", de João Canijo

20/11/2008

Língua portuguesa tem seu próprio museu


Tecnologia e interatividade são as principais ferramentas do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, para explicar e difundir o idioma. Inaugurada em 2006, a instituição ocupa três andares da Estação da Luz, edifício histórico no centro da cidade, com 4.333 m² de área de exposição.

O desafio de exibir um patrimônio imaterial, como é o caso de uma língua, foi suplantado com a utilização de aparatos tecnológicos. Os espaços expositivos aplicam diferentes recursos para revelar vários aspectos do idioma.

A Praça da Língua, por exemplo, é uma espécie de planetário de palavras, com efeitos visuais projetados no teto e no chão. O espaço se assemelha a um anfiteatro, com arquibancadas. Numa tela são apresentados clássicos da prosa e da poesia em sons e imagens. Entre os textos, há poemas de Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos e Fernando Pessoa, trechos de obras de Machado de Assis e Euclides da Cunha e canções de Noel Rosa e Vinícius de Moraes. São ouvidos na voz de cantores e atores brasileiros, como Chico Buarque, Maria Bethânia, Paulo José e Bete Coelho.



Já no espaço Beco das Palavras, o visitante movimenta, com o toque das mãos, imagens de fragmentos de palavras, que incluem sufixos, prefixos e radicais, com o objetivo de formar palavras completas. Quando consegue, a mesa de projeção apresenta a etimologia da palavra, além de animações e filmes sobre a sua origem.

A riqueza cultural e lingüística do português são o foco da sala Lanternas das Influências. Nela há oito totens multimídia, em formato triangular, dedicados aos idiomas que influenciaram a língua portuguesa: dois para as línguas africanas, dois para as indígenas, um para o espanhol, um para inglês e francês, um para línguas diversas dos imigrantes e um para o português no mundo. Cada totem possui três monitores interativos.



Outros espaços incluem o Auditório, onde se apresenta, em um telão de nove metros de largura, um curta-metragem sobre o surgimento das línguas e sua importância para a humanidade; a Grande Galeria, que se assemelha a uma estação de trem e a um grande túnel, com um telão de 106 metros de comprimento; e Mapa dos Falares, uma grande tela interativa onde é possível acessar áudios com os sotaques das diferentes regiões brasileiras.

Há ainda a Árvore da Língua e a Linha do Tempo. Esta última é um grande painel que mostra as origens indoeuropéias do português, apresentando sua evolução histórica, cobrindo um períodos de seis mil anos de história. Já a árvore é uma escultura com três andares de altura cujas raízes são formadas de palavras que originaram o português e em cujas folhas surgem contornos de objetos.

Além da exposição permanente, o museu abriga mostras temporárias, como a atual sobre o escritor carioca Machado de Assis (1839-1908), considerado um dos nomes mais importantes da literatura brasileira.

Para acessar o site oficial do museu, clique aqui.

* com informações do site oficial e da Wikipédia

19/11/2008

Mais curtas do festival Brasil Noar

Este breve post é apenas para lembrar que continuam as exibições de curtas-metragens brasileiros no festival Brasil Noar. Hoje, às 21h30, serão exibidos dois vídeos de skate, no Nevermind (rua Escudellers Blanc, 3). Na semana que vem, serão exibidos curtas nos dias 27 e 29, a partir das 21h30, na Sala MaumaUndenderground (rua Fontrodona, 33-35, metrô Paral.lel). Mais adiante publicarei a programação.

18/11/2008

Descobrindo o Brasil: Movimento antropofágico

Em plena revolução cultural no país, reforçada pela realização da Semana de Arte Moderna de 1922, o escritor e pensador paulistano Oswald de Andrade lançou em 1928 o Manisfesto Antropófago. Nele, o autor prega a deglutição da cultura exterior, principalmente norte-americana e européia, sua reelaboração e transformação em algo genuinamente brasileiro. Por isso, a metáfora da antropofagia (canibalismo).

O manifesto, base do movimento, critica a dependência e a cópia do que era ditado pelos países capitalistas hegemônicos. Reivindica ainda a retomada dos valores indígenas, a liberaçação do instinto e a valorização da inocência. No texto, utiliza a palavra indígena Pindorama para referir-se ao Brasil.

O próprio texto do manifesto pode ser interpretado como um exemplo do que propunha o autor, já que se inspirou em teorias de pensadores estrangeiros, como Karl Marx, Sigmund Freud e André Breton, para reclamar o nacional, o nativo.

Participaram também do movimento a artista plástica Tarsila do Amaral e os escritores Patrícia Galvão (Pagu) e Raul Bopp, autor do poema “Cobra Norato”, inspirado em uma lenda amazônica, considerada a obra mais importante dessa corrente artística.

O antropofagismo influenciou, nos anos 1960, o movimento Tropicalista, encabeçado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé e que colaborou para difundir a arte brasileira no exterior.


O quadro "Abaporu" (acima), de Tarsila do Amaral, é um dos principais símbolos do movimento

17/11/2008

Show da Adriana Calcanhotto por Victor


Que bom! Hoje publico a primeira colaboração de um dos meus alunos, o Victor. Ele foi ao show da cantora brasileira Adriana Calcanhotto, no último dia 7, no Palau de la Música, e escreveu o seguinte texto sobre o espetáculo:

“O show da Adriana Calcanhotto foi realmente bom. Particularmente, eu tinha a desvantagem de não conhecer bem seu último disco (‘Maré’), assim que, um dia antes do concerto, baixei-o da internet e escutei-o todo o dia. Ela começou o show com canções do CD mais recente e, por um momento, pensei que não cantaria ‘Fico Assim sem Você’ e outras também muito conhecidas de discos anteriores. Mas, felizmente, depois do repertório de ‘Maré’, começou a cantar músicas mais antigas. Gostei muito do uso de instrumentos variados, inclusive de um cujo nome não sei, que acho que é típico do Brasil.

A voz da Calcanhotto é simplesmente espetacular. Inclusive nos presenteou com uma canção em catalão, que agradou a muitas das pessoas presentes. Ela comentou que gostava muito da nossa língua. No final do concerto, recitou um poema de um autor português. Definitivamente, valeu muito a pena.”


Adriana canta "Seu Pensamento" em Lisboa

16/11/2008

Língua Solta

Hoje esta seção traz o significado da expressão "ficar a ver navios". Quer dizer "sofrer decepção", segundo definição do Dicionário Houaiss. Significa também "não obter o que se deseja", "perder uma oportunidade". De acordo com alguns autores, a origem da expressão remonta ao século 19. Quando o general francês Junot, do exército de Napoleão, chegou a Lisboa em 1807, para conquistar Portugal, viu ao longe a frota de navios da família real lusitana fugindo para o Brasil. Literalmente, "ficou a ver navios", o que resultou no sentido figurado da expressão. Exemplo: "Maria chegou atrasada à distribuição de brindes e ficou a ver navios".

15/11/2008

Glauber Rocha no festival L’Alternativa


Mais cinema brasileiro em Barcelona! O cineasta Glauber Rocha (1939-1981) é homenageado este ano pelo L’Alternativa – Festival de Cinema Independente de Barcelona. Serão exibidos a partir de hoje seis filmes do diretor baiano, que revolucionou a maneira de fazer cinema no Brasil nos anos 1960.

Foi o principal expoente do Cinema Novo, movimento cinematográfico que rompeu com a estética e a temática vigentes na época – mais próximas a Hollywood. Glauber e outros jovens cineastas, inspirados pelo neo-realismo italiano e pela Nouvelle Vague, apostaram por un cinema barato, voltado à realidade brasileira e com uma linguagem de vanguarda. Os temas abordados expunham a pobreza e a alienação. O lema era “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”.

Um dos filmes selecionados, "Cabeças Cortadas", foi gravado em Cadaqués, na Costa Brava. Sobre ele, disse Glauber Rocha: "É um filme contra as ditaduras, é o funeral das ditaduras. Trato de um personagem que seria o encontro apocalíptico de Perón com Franco, nas ruínas da civilização latino-americana. Filmei nas pedras de Cadaqués, onde Buñuel filmou 'L'Age d'Or'. A Espanha é a Bahia da Europa. 'Cabeças Cortadas' desmonta todos os esquemas dramáticos do teatro e do cinema. O cinema do futuro será som, luz, delírio, aquela linha interrompida desde 'L'Age d'Or'".

O melhor é que todas as exibições dos filmes do Glauber Rocha são grátis. Acontecem no auditório do CCCB (rua Montalegre, 5, metrô Universitat), na Casa América Catalunya (rua Córsega, 299, entresuelo, metrô Diagonal) e no Cinema Maldà Ars Forum (rua del Pi, 5, metrô Liceu)

Confira abaixo a programação:

Dia 15/11
18h45, no CCCB
Deus e o Diabo na Terra do Sol(1964)
Elenco: Geraldo Del Rey, Yoná Magalhães, Maurício do Valle
Depois de matar o patrão, o vaqueiro Manuel e sua mulher Rosa vagam pelo sertão, encontrando um líder messiânico, o cangaceiro Corisco e o temível Antônio das Mortes.

Dia 17/11
16h30, na Casa América Catalunya
Barravento(1962)
Elenco: Antonio Pitanga, Luiza Maranhão, Lucy de Carvalho
Um negro luta para provar que o candomblé, como todo misticismo, ajuda, mesmo sem querer, a manter no poder a elite dirigente. Primeiro longa-metragem de Glauber Rocha, já evidenciando sua tendência para um cinema discursivo e original.

Dia 18/11
16h30, no CCCB
Cabeças Cortadas(1970)
Elenco: Pierri Clementi, Francisco Rabal, Marta May
Dentro de um castelo, em alguma parte do Terceiro Mundo, Diaz, um rei sem coroa, tem lembranças delirantes. Em sonho, realiza uma viagem, escraviza índios, trabalhadores e camponeses. Nesta viagem, Diaz descobre suas origens.

Dia 20/11
19h30, na Casa América Catalunya
A Idade da Terra(1980)
Elenco: Ana Maria Magalhães, Jece Valadão, Norma Bengell
Filme que se dispõe a retratar o Brasil, seu jogo político e as diversas implicações de sua mistura de raças e culturas.

Dia 22/11
17h, no CCCB
O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro(1969)
Elenco: Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos
Batalha alegórica entre o mal (o latifúndio) e o bem (a reforma agrária).

18h30, no Cinema Maldà Ars Forum
Terra em Transe(1967)
Elenco: Jardel Filho, Paulo Autran, Glauce Rocha
Paulo é um jornalista que tenta mudar a situação ao planejar a ascensão de um candidato supostamente oposicionista chamado Vieira, buscando o apoio do maior empresário do país para deter o avanço de uma multinacional estrangeira sobre o capital do país. Tudo começou bem, porém problemas sociais e a corrupção arruinaram sua intenção.

Nova ortografia do português


Este é um tema que já comentei com meus alunos e que acho importante para quem está estudando português. A partir do ano que vem, começa a ser implantado no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que unifica a ortografia do idioma nos países que integram a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). Fazem parte dessa associação Brasil, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste.

No primeiro ano, a nova ortografia será obrigatória apenas em documentos do governo. O período para a implantação total do acordo é de quatro anos. Os livros didáticos com as novas normas começarão a ser usados nas escolas a partir de 2010.

As principais mudanças alteram a acentuação de algumas palavras, extinguem o uso do trema e sistematizam a utilização do hífen. No Brasil, as alterações atingem 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual é de 1,6%.

Com a reforma, o alfabeto passará a ter 26 letras – com a integração do “k”, do “w” e do “y”, ainda que sigam sendo utilizados apenas para escrever palavras de origem estrangeira e seus derivados, como “kiwi” e “kafkiano”. No português do Brasil será eliminado o trema (que já não é usado em Portugal). Assim, a palavra “freqüência” passará a ser escrita “frequência”, mas com a mesma pronúncia. A exceção são nomes estrangeiros e seus derivados, como “Müller”.

O acento agudo desaparece nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas (“idéia”, “heróica”) e no “i” e no “u” precedidos de ditongos abertos, como em “feiúra”. O acento circunflexo deixará de ser utilizado nos hiatos “oo” (vôo) e “ee” (lêem, vêem). Já no português dos outros países serão suprimidas as consoantes mudas, como o “c” de “acção” e o “p” de “adopção”, e o “h” inicial de alguma palavras, como “húmido”.

Clique aqui para ler o texto sobre o tema escrito por uma amiga jornalista de São Paulo, a Adriana Vieira, que vem acompanhado de uma apresentação muito didática sobre essas e outras modificações. Vale a pena conferir.

14/11/2008

3º Cine Fest Brasil em dezembro!

Além da mostra de curtas-metragens do festival BrasilNoar, comentada no primeiro post deste blog, os moradores de Barcelona terão este ano mais uma oportunidade de conferir a produção cinematográfica brasileira. Trata-se do 3º Cine Fest Brasil, que apresentará nove longas-metragens no cinema Verdi Park entre os dias 11 e 18 de dezembro.

O festival abrirá com o premiadíssimo “Estômago”, dirigido por Marcos Jorge, que, além de galardões conquistados na França, na Inglaterra e na Holanda, abocanhou este mês os prêmios de Melhor Filme e Melhor Diretor Estreante na 53ª Semana Internacional de Cinema de Valladolid. É a história de ascensão e queda de um cozinheiro com dotes muito especiais. O site oficial do filme define-o como “uma fábula nada infantil sobre poder, sexo e culinária”.

Serão exibidos também os sucessos de bilheteria “Tropa de Elite”, de José Padilha, vencedor do Urso de Ouro em Berlim e já visto nos cinemas espanhóis, e “Meu Nome Não É Johnny”, de Mauro Lima, que conta a história de um jovem de classe média que se transforma no rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro.

Para quem gosta de música brasileira e, particularmente, da bossa nova, a pedida será “Os Desafinados”, que lembra o nascimento do movimento, com locações no Rio e em Nova York. Já os cineastas Beto Brandt e Renato Ciasca apresentam “Cão sem Dono”, que esmiuça o conturbado relacionamento entre um tradutor de russo, que cuida de um cachorro sem dono e vive no centro de Porto Alegre, e uma modelo. Foi adaptado do romance de Daniel Galera, escritor que começou escrevendo em blogs.

O festival entregará o prêmio Lente de Cristal para o filme mais votado pelo público. Eu acompanho o Cine Fest Brasil desde a primeira edição e devo dizer que, além dos filmes, as festas de inaguração e de encerramento são ótimas e acontecem no Café Salambó, ao lado do cinema. Até o ano passado não era necessário convite para ir às festinhas.

As entradas para os filmes custam 5 euros e podem ser compradas diretamente no Verdi Park (rua Torrijos, 49, metrô Fontana) ou antecipadamente pela rede Telentrada. Mais adiante publicarei outras notícias sobre o festival. Veja abaixo o trailer de "Estômago".


Trailer de "Estômago"

Língua Solta

Inauguro esta seção, que espero que seja útil para ampliar o vocabulário, com a locução "de rachar". Segundo o Dicionário Houaiss, significa "muito intenso, forte". Utiliza-se habitualmente com condições climáticas: "Faz um frio de rachar" ou "O sol estava de rachar".

Curtas no BrasilNoar

Estréio este blog escrevendo sobre a mostra de curtas-metragens do Festival BrasilNoar. Acabo de voltar da primeira noite de exibição e vi algumas obras interessantes, como um pequeno documentário sobre um mecânico de Brasília que transformou sua oficina em um teatro ("Oficina Perdiz", de Marcelo Diaz) e os curtíssimos urbanos de Luan Banzai, gravados nas ruas de Curitiba, a maior cidade do Sul do Brasil e considerada modelo de urbanismo no país.

Hoje (14/11) a mostra se dedica à projeção de curtas do projeto "Revelando os Brasis", do Instituto Marlin Azul, que estimula a produção de vídeos digitais em municípios de até 20 mil habitantes. Há temáticas interessantes, como a perseguição aos pomeranos (procedentes do norte da Polônia e da Alemanha) e seus descendentes no estado do Espírito Santo durante a Segunda Guerra Mundial ("Bate-Paus", de Jorge Kuster Jacob) e a história de Chico Abelha, um homem que vive na floresta da Serra da Mantiqueira, em São Paulo, em harmonia com a natureza ("Documentário sobre Chico Abelha", de Uiara Maria Carneiro da Cunha).

As exibições começam às 21h30 e acontecem no MaumaUnderground (rua Fontrodona, 33-35, metrô Paral.lel). A entrada é grátis, mas o garçom praticamente te obriga (é verdade!) a pedir algo para beber, mesmo que não estejas sentado em uma mesa! Abaixo posto uma vinheta do Banzai Studio, a produtora do diretor Luan Banzai, que estava presente na mostra.


Vinheta do Banzai Studio, que apresentou curtas no festival