
Tecnologia e interatividade são as principais ferramentas do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, para explicar e difundir o idioma. Inaugurada em 2006, a instituição ocupa três andares da Estação da Luz, edifício histórico no centro da cidade, com 4.333 m² de área de exposição.
O desafio de exibir um patrimônio imaterial, como é o caso de uma língua, foi suplantado com a utilização de aparatos tecnológicos. Os espaços expositivos aplicam diferentes recursos para revelar vários aspectos do idioma.
A Praça da Língua, por exemplo, é uma espécie de planetário de palavras, com efeitos visuais projetados no teto e no chão. O espaço se assemelha a um anfiteatro, com arquibancadas. Numa tela são apresentados clássicos da prosa e da poesia em sons e imagens. Entre os textos, há poemas de Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos e Fernando Pessoa, trechos de obras de Machado de Assis e Euclides da Cunha e canções de Noel Rosa e Vinícius de Moraes. São ouvidos na voz de cantores e atores brasileiros, como Chico Buarque, Maria Bethânia, Paulo José e Bete Coelho.

Já no espaço Beco das Palavras, o visitante movimenta, com o toque das mãos, imagens de fragmentos de palavras, que incluem sufixos, prefixos e radicais, com o objetivo de formar palavras completas. Quando consegue, a mesa de projeção apresenta a etimologia da palavra, além de animações e filmes sobre a sua origem.
A riqueza cultural e lingüística do português são o foco da sala Lanternas das Influências. Nela há oito totens multimídia, em formato triangular, dedicados aos idiomas que influenciaram a língua portuguesa: dois para as línguas africanas, dois para as indígenas, um para o espanhol, um para inglês e francês, um para línguas diversas dos imigrantes e um para o português no mundo. Cada totem possui três monitores interativos.

Outros espaços incluem o Auditório, onde se apresenta, em um telão de nove metros de largura, um curta-metragem sobre o surgimento das línguas e sua importância para a humanidade; a Grande Galeria, que se assemelha a uma estação de trem e a um grande túnel, com um telão de 106 metros de comprimento; e Mapa dos Falares, uma grande tela interativa onde é possível acessar áudios com os sotaques das diferentes regiões brasileiras.
Há ainda a Árvore da Língua e a Linha do Tempo. Esta última é um grande painel que mostra as origens indoeuropéias do português, apresentando sua evolução histórica, cobrindo um períodos de seis mil anos de história. Já a árvore é uma escultura com três andares de altura cujas raízes são formadas de palavras que originaram o português e em cujas folhas surgem contornos de objetos.
Além da exposição permanente, o museu abriga mostras temporárias, como a atual sobre o escritor carioca Machado de Assis (1839-1908), considerado um dos nomes mais importantes da literatura brasileira.
Para acessar o site oficial do museu, clique aqui.
* com informações do site oficial e da Wikipédia

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